Atrofios, Companheira!

Vou ao Bairro e sinto que hás-de vir na minha direcção com os teus braços pequeninos muito abertos, e pronta para saltar e tecer a malha de um abraço apertado. Ando, ando, ando, percorro todas aquelas ruas paralelas e perpendiculares umas às outras e sei que numa esquina muito próxima estarás tu, de copo de vinho na mão, à minha espera para me dizeres: "És um fraquinho!".


Faz-me falta beber uma cerveja contigo e por saber que o Bairro era, até há menos de um ano, o "local" custa-me sempre que lá volto.
Partilhámos tanto que é difícil, nestas idas àquele que foi o nosso "ponto de encontro" por diversas ocasiões, abstrair-me da tua presença, da saudades que tenho em mim... E sabes que mais?! O senhor das marionetas, com quem tanto falavas, faz-me lembrar de ti com se não houvesse amanhã!
Ontem até enviei uma mensagem a dizer que tinha saudades tuas... A Ana respondeu-me dizendo que onde estiveres estás feliz. Só espero que desse lado a felicidade exista. Porque tu mereces, lagarta!

Ai, Companheira!

A Saudade escreve-se... *

Comentários

Pinky disse…
Este texto está simplesmente tocante...
SabiiiTuuudo disse…
A saudade marco, escreve-se com ausência, com segundos, com minutos, com horas de ausência, escreve-se com vazio, com um profundo poço vazio, seco pela falta de um simples cruzar de olhar, pela falta de um abraço. Escreve-se pelo saber da existência.
A saudade Marco, a saudade escreve-se com lágrimas, lágrimas não visíveis, não perceptíveis, escreve-se com as lágrimas que mais doem, aquelas que nunca deixamos cair, e guardamos no tal poço fundo da saudade!
A saudade amigo, escreve-se companheira, infeliz companheira, que surge persistentemente sem convite, recordando algo ou alguém, por isso amigo, saudade escreve-se com sorriso, porque só temos saudades do que foi bom, e só queremos matar saudades do que é bom!
Provavelmente nunca mais poderás matar essas saudades, mas sorri, porque o momento, os momentos ou a pessoa que fazem escrever essa saudade....existem em ti!

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