Estranho hábito

A juventude é caracterizada como sendo aquela "malta nova" despreocupada e possuidora de pouca responsabilidade...

Não percebo a existência de certos hábitos. Hábitos que em nada são bons, e que teimam em persistir, hábitos que vieram para ficar, hábitos estranhos!


Hoje escrevo acerca de um hábito característico da juventude actual, talvez da sociedade portuguesa em geral...

As perguntas que se impõem:
«Nós, portugueses, somos assim tão preguiçosos?»
ou
«Estará a sociedade, movida pela juventude, a caminhar tão devagar que se atrasa sempre?»



O estranho hábito sobre o qual vou escrever tem que ver com os atrasos que costumo presenciar a toda a hora...


Hoje, como noutras ocasiões, estive mais de meia-hora à espera de algumas pessoas. O hábito parece ter vindo para ficar e cada vez mais as pessoas marcam uma hora e dificilmente cumprem com o combinado. Vivemos numa sociedade que tem um grande problema: Não sabe gerir o tempo que tem.
Não é à toa que existe a expressão "Só mais cinco minutos!", uma expressão que deveria ser tranquilizadora mas que normalmente triplica.

Actualmente existem uns aparelhos muito engraçados que andam dentro dos bolsos ou das malas, os telemóveis. Felizmente, ou infelizmente, deveriam ser um meio para combinações de última hora e não para descombinanços ou justificações de atrasos. Era tão bom se voltássemos a viver sem eles... Não haveria aquela dependência, não estaríamos sempre à espera que ele tocasse sempre que houvesse um atraso... Seria tão melhor!

O meus pais fizeram de mim e do meu irmão pessoas responsáveis e por isso é raro verem-nos chegar atrasados onde quer que seja, a menos que haja alguém de quem estejamos dependentes. Foi com o meu pai que aprendi um ditado, e com o meu irmão que o interiorizei e passei a pô-lo em prática. O ditado é simples:
«Não te importes de esperar, importa-te se esperarem por ti!»

Eu, crítico (não, não é critico, não estou a dizer mal), sempre com detalhes a acrescentar tenho uma nova versão para o ditado:
«Não te importes de esperar por alguém que vale a pena, importa-te se alguém que vale a pena estiver à tua espera!»


Não me importo de esperar mas, sendo eu uma pessoa que "vale a pena", apelo ao vosso bom senso para não me fazerem esperar mais.


Deixo uma sugestão para as pessoas que se atrasam: Adiantem os relógios e assim aprenderão a evitar deixar os outros à seca!


Somos preguiçosos, sim. Estamos a caminhar devagar... Mas a culpa é dos telemóveis e da sociedade da informação...


Comentários

PLF disse…
Ng comenta... Pq será?
Faleiro disse…
Ou não leram ou enfiaram a carapuça!!

Mensagens populares deste blogue

Teoria de cortejo

Pedro Fonseca

Paixonetas primárias