O casamento da Rebola


Há cerca de um ano comecei a contactar de perto com a Joana, uma pessoa a quem me habituei a tratar pelo apelido: Rebola.
A Joana é uma rapariga que, apesar de ter nascido na margem Norte do rio Sado, se diz alentejana de Alcácer do Sal.

Por falar em Alcácer, relembro agora as viagens que fazíamos para Lisboa os três: Eu, a Joana e a Sandra. À passagem por Alcácer tornava-se inevitável não se falar em Las Vegas... É que aquela luz no meio do nada... Não tem nada a ver!

Adiante, quando comecei a conhecer a Joana, eu e toda a gente que trabalhava naquele jardim-escola, ficámos a saber dos seus planos dali a um ano... Casar!
A Joana via revistas, via lojas, falava dos brindes, da cor das flores, disto, daquilo e mais daquilo e daquilo também... Contou-nos também da sua ambição de um dia poder vir a ter um disco autografado pelo seu ídolo, o grandioso José Cid (não contem a ninguém mas eu e a Sandra chegámos a ir de Lisboa a Faro a ouvir esse senhor)!
Bem... Ela, por assim dizer, não se calava. Foi um ano lectivo de grande expectativa. A rapariga andava completamente eufórica. Mas, felizmente, teve bons (escrevo no masculino porque basta um rapazinho como eu para fazer a diferença) colegas, que souberam sempre compreender toda aquela emotividade e euforia.

O tempo foi passando...
A Rebola ia mesmo casar-se. Entregou os convites e a data anunciada era o dia 20 de Setembro de 2008.

Chegado esse dia lá fomos nós...
Todos levamos a melhor roupa, aposto! Eu pelo menos levei, tudo novinho, tudo da ZARA!

Sobre o dia propriamente dito não tenho muito a dizer. Foi um dia diferente.

O caminho até à igreja foi algo turbulento... Eu não sabia como ir lá ter mas tinha uma ideia. Ainda assim vieram atrás de mim dois carros. Chegado à localidade em questão vá de perguntar pelo ponto de referência que me tinham dado... Aí disseram-me: - "Tem de virar à direita!"
Foi precisamente o que eu fiz... Mas depois coloquei-me à esquerda quando o que deveria fazer era virar à direita novamente... Aquela alminha que me deu a primeira informação podia ter avisado. Vi-me obrigado a fazer uma coisa que não queria... Mas virei à direita e facilmente, por entre telefonemas para a Sandra, chegamos ao destino.
Depois disto a minha condução foi criticada... eu, prontamente pedi desculpas... Mas eu estava tão eufórico, contente, feliz...

Gostei do dia, gostei de o partilhar com as pessoas com quem estive, de ter podido ingerir uma grande quantidade de chamuças, de dançar até me fartar, de ter comido bolo da noiva, e de, principalmente, ter podido estar num dia tão importante para a Rebola. Gostei de tudo e não gostei de nada, e vice-versa!

Joana, nã tenhas medo, nã te rrrrecuses sempre, nem digas "ah merda" muito alto!

À Joana e ao seu, agora, marido desejo as maiores felicidades (são aquelas coisas bonitas que se dizem sempre)!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Teoria de cortejo

Pedro Fonseca

A história do símbolo do SLB