Mergulho luzidio

Decorria o dia oito de Fevereiro do ano civil de dois mil e oito quando me preparava para regressar a Lisboa... Saio de Faro e levava como companhia três colegas. Íamos até Armação de Pêra buscar o bólide que me haveria de levar até à Capital de Portugal, Lisboa. No pensamento levava a vontade de ver a ponte vinte e cinco de Abril e as luzes de Lisboa, aquelas que me enchem e apertam... Já no veículo de matrícula QC, chegámos à casa onde supostamente estavam as bagagens das colegas de viagem... - Marco, não queres ir ver a piscina? - Népia, fico aqui à vossa espera. - Então até já! Eu fiquei... fiquei... esperei... desesperei... Fui ver a piscina... ...ia caminhando ao redor daquele "recipiente" de água com o meu, já velhinho, Nokia 3200 na mão... ...Uma das grelhas cede e o meu pé afunda-se. Numa tentativa, mais ou menos, de desespero o telemóvel ganha asas e tenta um mergulho na tentativa de me salvar a mim de ficar encharcado. De facto, ele terá pensado: Ou o meu dono ou eu... Vou eu! Assim que caiu dentro de água uma luz se acendeu... era o seu "auto-desfibrilhador" a ligar-se. Era, creio eu, a tentativa de evitar uma morte, quase certa, por afogamento. Daqui posso concluir que o meu telemóvel era mergulhador, não fora ele esquecer-se da bilha de Oxigénio e a esta hora não andaria, ainda, a pedir os contactos perdidos, mortos, afogados... Foi um casamento de quase quatro anos... foi bonito!

Comentários

Carla Delgado disse…
4 anos......tanto tempo ctg. Quase um record :P
Pk não dizes logo que querias era um novo?!
Jito

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